O significado do termo educação alicerça as suas origens no Latim. Dentro desta etimologia, educação significa: criar, alimentar, extrair, conduzir, ou seja, o termo contém a ideia de um desenvolvimento dirigido que se processa em função das virtualidades endógenas, mas condicionadas pelos seus contributos exógenos.
Este desenvolvimento processa-se em função das crianças e para que estas possam beneficiar de um ensino de qualidade e justo é imprescindível que os professores proporcionem um ensino individualizado, variando estratégias e diversificando metodologias.
Esta condição torna-se mais exigente se a ação do professor se dirigir a crianças portadoras de uma deficiência. Cabe então ao professor analisar todo o contexto escolar, social e familiar, no sentido de promover a diferenciação pedagógica e assegurar, de fato, a inclusão de crianças diferentes.
A escola do ensino regular abarca uma diversidade de alunos que devido às suas características heterogêneas dificultam o, já por si, difícil processo de ensino/aprendizagem. Não obstante, a diferenciação pedagógica a par da individualidade que tem o Projeto Curricular de Turma, assim se pretende, deverá constituir-se como fatores facilitadores quer do processo de ensino/aprendizagem, quer da integração e, consequentemente, da inclusão da criança diferente.
Numa altura em que, cada vez mais, se fala em escola inclusiva, é imperioso que esta instituição, na pessoa do professor e dos demais funcionários, esteja preparada para trabalhar com a diversidade de alunos que a freqüentam.
É necessária uma mudança ao nível de mentalidades no que concerne à comunidade escolar, mas também à comunidade em geral.
Como tal, é fundamental que se aposte na formação dos professores e dos demais funcionários/técnicos que participam no processo educativo da criança/jovem, especialmente quando se trata de crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE).
Dentro do grupo de alunos com NEE incluem-se os alunos com deficiência Mental, aos quais nos reportaremos ao longo do nosso trabalho.
Estas crianças apresentam determinadas características e, na maioria das vezes, dificuldades cognitivas que influenciam e, ao mesmo tempo, podem prejudicar a sua aprendizagem. Para além destas dificuldades estes alunos poderão apresentar problemas ao nível da autonomia pessoal e social, comunicação, relações sócio-afetivas, entre outros.
Ao longo da reflexão, acerca desta problemática, que nos propusemos fazer, iremos não só especificar algumas dessas características e dificuldades, mas também tentar apresentar algumas estratégias de atuação, que se devidamente adequadas, poderão ser um contributo para melhorar o trabalho com estas crianças e ajudar o professor na sua prática pedagógica.
Educador com mais de 25 anos de experiência em ensino fundamental, médio e superior, atuando tanto em instituições públicas quanto privadas. Especialista em Metodologia de Ensino e Gestão Escolar, com vasta experiência em coordenação pedagógica e desenvolvimento de projetos educacionais. Doutor em Ciência da Educação com ênfase em Neurociência e Práticas de Aprendizagem, comprometido com a inovação e a interdisciplinaridade no processo de ensino-aprendizagem.
Os neurônios são células incríveis que formam o sistema nervoso, a rede de comunicação do nosso corpo. Eles são como mensageiros especializados em transmitir informações rapidamente por todo o organismo.
Imagine um neurônio como uma árvore com raízes, tronco e galhos:
* Dendritos: são como as raízes da árvore, que recebem sinais de outros neurônios.
* Corpo celular: é o tronco da árvore, onde o sinal é processado.
* Axônio: é como o galho da árvore, que transmite o sinal para outros neurônios, músculos ou glândulas.
A comunicação entre os neurônios acontece através de sinais eletroquímicos. Quando um neurônio recebe um estímulo forte o suficiente, ele gera um impulso elétrico que percorre o axônio. Esse impulso, ao chegar na extremidade do axônio, libera substâncias químicas chamadas neurotransmissores. Os neurotransmissores atravessam um pequeno espaço entre os neurônios (a sinapse) e se ligam aos dendritos do próximo neurônio, transmitindo a mensagem.
Existem diferentes tipos de neurônios, cada um com uma função específica:
* Neurônios sensoriais: levam informações dos órgãos dos sentidos para o cérebro, como quando você sente o cheiro de um bolo ou a temperatura da água.
* Neurônios motores: transmitem comandos do cérebro para os músculos, permitindo que você se movimente, fale e realize ações.
* Interneurônios: conectam diferentes neurônios no cérebro e na medula espinhal, processando informações e elaborando respostas.
Os neurônios são a base de tudo o que fazemos, desde respirar e piscar até pensar, sentir e amar. Eles são responsáveis pela nossa percepção do mundo, pelas nossas memórias, emoções e pela nossa capacidade de aprender e tomar decisões.
Entender o funcionamento dos neurônios nos ajuda a compreender como o nosso cérebro funciona e como podemos cuidar da nossa saúde mental.
Espero que essa explicação tenha sido útil!